sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Tap Dogs

Fui assistir a um espectáculo de sapateado na sala de espectáculos da universidade (Centennial Hall). Foi o início da temporada e estava muita gente a assistir, alguns mesmo bem vestidos, como se fossem assistir a uma ópera! Eu decidir "sapatear" de "flip flops" ou chinelos (que é o calçado oficial no campus) porque tinha os pés ainda a queixarem do "soccer"! Foi também uma oportunidade para eu usar calças, coisa que até agora foi raríssimo por aqui. O espectáculo durou um pouco mais de uma hora e foi muito bom! Que energia! Nunca pensei que se podesse fazer tanta coisa diferente com esta técnica de dança. Vejam o vídeo para ver uma amostra!

Mais fotos...



Há quem tenha duvidado que eu de facto estava dentro de uma piscina: "Ah, parece uma montagem", "Tem dedo do Photoshop"... Pois para tirar as dúvidas, aqui estou eu sentada na piscina junto ao bar. Posso dizer que ficámos mais de uma hora dentro de água. Estava mesmo ao meu gosto, quentinha! As fotos foram tirados no Westin La Paloma Resort, onde o João Paulo e Caroline ficaram alojados. Vejam as montanhas lá atrás, que bonito!



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

New Shoes

Este são os meus sapatos novos: Vibram Five Fingers KSO (keep stuff out). São o mais parecido que há com o andar descalço!!! Parecem-se mais com uma luva para o pés do que com sapatos. Aliás este sapatos parecem que só têm sola! Ainda estou em fase de habituação. Devido à falta de amortecimento da sola, outros músculos têm que compensar e por isso ao início não se pode usar muito de cada vez. Normalmente, dizem tibal anterior (um músculo da face anterior da perna, que puxa o pé para cima) fica muito dorido. A maneira como colocamos o pé no chão para andar ou corre muda. Em vez que contactar com o solo mais com a calcanhar (o que acontece usualmente com o uso de ténis), passa-se a contactar preferenciamente com a parte anterior do pé (metartarsos), o que é uma forma mais "natural" de andar. É um sensação óptima sentir todo os relevos do terreno! O mais difícil é calçá-los pois os nossos dedos estão habituados desde pequeninos a andarem sempre juntinhos e empurrarem-se uns aos outras. A primeira vez (na loja) demorei quase 2' só para calçar o sapato direito! O Sr. da loja até disse que eu até tinha sido das pessoas mais rápidas! Mas agora já tenho uma técnica apurada e enfio-os como se fossem uma luva!
A razão principal da minha compra é nobre. Um estudo científico piloto "multicêntrico" que estou a desenvolver com o meu amigo Chris. Até agora temos dois centros de investigação: Union, NJ e Tucson, AZ. Só ainda recrutámos dois participantes mas esperamos angariar mais. Esperamos com este trabalho perceber os benefícios do uso destes tipo de sapatos, para os podermos recomendar ou não.
Para comemorar a minha nova compra, uma das minha canções favoritas do momento: "New Shoes" de Paolo Nutini! Fala de alguém que tens uns sapatos novos e todos os seus problemas desaparecem apartir daí!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Soccer e Yin Yang

Aqui por estas bandas o futebol chama-se "soccer". Tentei perceber o "porquê" desta palavra estranha... Parece que por Inglaterra o futebol em tempos se chamou "association football", para se distinguir do "rugby football". No século XIX, quando o futebol crescia nos relvados de Oxford, nasceu uma nova palavra. Os estudantes eram conhecidos por abreviar palavras e adicionar "er" ao fim das mesmas. Assim, "football association" passou a "assoc" e depois a "soccer". O rugby passou a "rugger". Nos dicionários encontram-se normalmente:alteration of assoc., abbreviation of association football. Uma das heranças britânicas nos EUA actualmente é o termo "soccer", que ao contrário do que muitos pensam não é uma palavra com "origem" americana.
Eu fui ver um jogo de soccer da meninas de universidade, que infelizmente perderam nos últimos 5' contra a BYU (foto de baixo). As jogadores têm um boa técnica individual mas não havia muito fio de jogo. Uma coxa delas dão duas da minhas, têm cá umas ancas...
O ambiente num jogo de futebol aqui é muito diferente, há muitas crianças e mulheres. No início do jogo foi pedido para não haver "palavrões" ou comentário menos favoráveis para o árbitro/jogadoras ou então seriam convidados a sair do estádio. As universitárias que vêm ver o jogo parece que vêem vestidas para uma festa, de tão curtas são as suas saias/calções. Em qualquer estádio português já tinha levado um "apalpão" no primeiro lanço de escadas!!!
Bem, mas não há nada melhor do que experientar o dito "soccer", por isso juntei-me a uma equipa de futebol co-ed (mista, com 6 homens e 5 mulheres em campo - é do tipo korf!), que compete da liga de Tucson. Já imaginaram um liga mista em PT? Havia de ser bonito... Os meus colegas do laboratório Rob e Josh que já lá jogam há algum tempo "infiltraram-me" na equipa! O primeiro jogo foi muito cansativo mas adorei a experiência! Há regras diferentes: não há carrinhos, não podes jogar a bola no chão, substituições ilimitadas, etc. Ainda me doem os músculos do jogo e já foi há uns dias!!! Mas não me magoei, se é isso que vos está a preocupar! Perdemos 2-0 mais lutámos muito, muito mas não tivemos sorte na finalização... A minha equipa chama-se Yin Yang e joga de azul "royal". Tenho um colega de equipa que se chama.... "Tomas Nuno"!!! Não estou a gozar, é mesmo verdade. Quando lhe disse que ele tinha o nome do meu irmão ao contrário fartou-se de rir. É claro nunca mais me vou esquecer do nome dele: "Ó Nuno, passa a bola!" ;)


terça-feira, 29 de setembro de 2009

São rosas Senhor...

Ontem recebi estas rosas... Imaginam quem as mandou?!?

domingo, 27 de setembro de 2009

Recordar...

Há um ano atrás... Bem, vocês sabem o que aconteceu :)

sábado, 26 de setembro de 2009

Arizona Sunsets

O pôr-do-sol, mesmo visto da cidade, é espectacular! Cortesia do deserto, da pouca poluição e do nuvens altas. Os "sunsets" daqui são dos mais famosos do mundo: "100% photoshop free"!

Tomás Family Reunion


Em Tucson, AZ, a exactamente 10500 Kms de Lisboa e 12000 Kms de Sydney, houve uma reunião de família dos "Tomás"! Rita, de Portugal e João Paulo da Austrália, encontraram-se em pleno "wild west", no meio do deserto de Sonora. Quem diria! Foi bom estar novamente entre família :) O JP e a sua namorada Caroline decidiram simpaticamente incluir no seu programa de férias um desvio para sul. O Arizona recebeu-os de braços abertos (tal como os saguaros!) e ofereceu dois dias cheios de sol, mesmo bons para aproveitar a piscina do resort (Westin La Paloma). É claro que eu tive que verificar a qualidade do local, para certificar-me que estavam bem instalados! Ah, e também testei a qualidade da piscina. Mesmo boa, a temperatura da água estava excelente :) Depois fomos todos jantar ao um restaurante recomendado "Rosa's Mexican Food". A comida era deliciosa! Os melhores refried beans de sempre! A MargaRITA também não estava má! Não me pediram o ID card para pedir a bebida mas o JP foi "carded" porque ainda tem carinha de bebé! LOL

White Man Can't Jump

Um dia deste fui assistir uma sessão à hora do almoço na biblioteca da Universidade ("Tuesdays Talk"). O título chamou-me atenção: "White Man Can't Jump and You Throw Like A Girl! The Impact of Stereotypes Threat on Performance in Sports". O convidado era um professor de Psicologia da casa, o Prof. Jeff Stone. A área de estudo deste psicólogo é a influência de estereótipo negativos no desempenho intelectual e desportivo. Se uma pessoa pertence a um grupo sobre o qual existe um estereótipo negativo (do tipo "as raparigas não sabem atirar a bola com força" ou "os brancos não conseguem afundar"), inconscientemente isso afecta o seu desempenho. Um branco que corre os 100 metros sabe que não devia estar ali, sem dar conta carrega nos seus ombros as esperanças de todos os brancos que nunca conseguiram chegar a elite das provas de velocidade. Um negro que é quarterback sabe normalmente os negros não jogam nessa posição e por muito que não se importante com questões raciais, vai sempre sentir a obrigação de se superar cada dia, para provar que os estereótipo (negativo) não é verdade e que merece estar ali. Essa pressão e ansiedade adicional pode ter resultados deletérios.
Nos trabalhos deste investigador, ele manipulou estas variáveis. Ele agarrou em várias pessoas e submeteu-as a um teste (percurso de golf, skills de futebol). Antes de fazerem uma segunda tentativa, dizia aos indivíduos queo grupo a que pertenciam (género, raça, etc) normalmente não se tinha bons resultados. De facto pioravam a performance na 2ª tentativa, quado o normal é melhorar com a experiência. O seu desempenho era melhor antes de tomarem consciência da existência do estereótipo negativo.
E o que é isto tem convosco?! Nunca sentiram estereótipos negativos?! As meninas não são boas no desporto, os brancos não conseguem correr rápido, os negros não têm boas notas na escola... Não deixem que os estereótipos negativos vos afectem ou vos deixem de fazer as coisas que gostam! Eu nunca liguei a isso durante a minha vida, sempre segui o meu percurso! Apercebam-s deles antes que eles vos limitem e nunca deixem de sonhar!
Para relembrar uma cena do filme velhinho filme "White Man Can't Jump" de 1992.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Esquimotar

Inscrevi-me em aulas de kayak no REC center para aprender a esquimotar. Para quem não sabe o que é, consiste em estar dentro do kayak de cabeça para baixo dentro de água e conseguir regressar à posição normal (cabeça fora de água), sem sair do kayak e somente com a ajuda da pagaia. É preciso muito treino e por isso tivemos 3 aulas de 2 horas só para aprender esta manobra. As aulas são dadas no conforto e segurança de uma piscina. Na primeira aula, depois da explicação teórica, estamos quase a entrar para dentro de água quando se ouve os trovões e se vêem os raios de uma tempestade à distância. A piscina encerrou de seguida. Na 2ª sessão começamos com exercícios na borda da piscina para aprendermos a usar o nosso "jogo de cintura" para movementar o kayak. Eu a entrar para o kayak fiz logo uma ferida no pé e tive que sair para arranjar um penso pois não parava de sangrar. Depois não avancei muito porque estava cansada de uma corrida pela manhã e comecei a sentir frio ao fim de meia hora... Todo o movimento de esquimotar é decomposto em vários exercícios e fiquei no 2º exercício de 5... Na 3ª e última sessão estava arranjar desculpas para não ir, devido ao insucesso do dia anterior. Mas depois também não queria fazer má figura frente ao meus amigos da "Outdoor Adventures". Lá fui, sem grandes expectativas mas com vontade de tentar mais uma vez... Pedi um fato térmico para conseguir aguentar mais tempo dentro de água e lá fui fazendo os exercícios com o meu monitor (o ratio era de 1 para 1). Consegui superar todos os exercícios até ao nº 5. De vez em quando tinha que parar, porque tinha formigueiros nos pés de tão apertada que estava no kayak! Restava-me tentar agora fazer o movimento de 360º sozinha... As primeiras vezes, não consegui sair de água completamente, voltava sempre a ficar de cabeça dentro de água. Mas ao fim de algumas tentativas, lá consegui "esquimotar". E outra vez, e outra vez e outra vez!!! Ao fim de 4 "rolllings" (é que chamam aqui ao esquimotar) e já a tremer de frio disse: "Já chega. Já conquistei o meu "Everest!". Depois de sair da água agradeci a todos os monitores que tiveram paciência comigo e que me deram confiança e feedbacks úteis. Mais um vez ficou provado que não devemos desistir à primeira adversidade!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Receita (top secret)






Para comemorar o dia do trabalhador pela segunda vez em 2009(Labor Day) decidi cozinhar algo especial... Lembrei-me de fazer uma receita de batatas no forno, temperadas de uma maneira muito especial. Antes de mais tenho que dizer que a receita foi-me confiada por um amigo (Chris), que aprendeu com a sua mãe. Quero agradecer publicamente a Sra. Visco (Union, NJ) por me ter inventado esta receita divinal! É uma receita yankee com influências italianas.
Alguns de vós já tiveram a oportunidade de provar esta receita e confessem.... É de ficar com "água na boca"! E para quem pensava que eu não era capaz de fazer pratos elaborados, tomem lá! Vamos então passo a passo:
1) lavem bem as batatas com casca; escolham batatas de tamanho médio, do tamanho de um punho fechado; contem com 3 batatas por pessoa, porque todos vão querer repetir e as batatas são ainda melhores no dia seguinte
2) cortem as batatas aos gomos; não deixem pedaços muito grandes porque senão demoram muito tempo a assar
3) ainda não ligaram o forno?!? Do que é que estão à espera?!?!
4) coloquem as batatas num tabuleiro e temperem com: sal, pimenta, queijo "parmigiano reggiano" (para os leigos, queijo parmesão), azeite e um toque de classe: alecrim!
5) misturem tudo muito bem, para os condimentos ficarem uniformente distribuídos
6) assem em lume médio e deve demorar ums 45-50 minutos mas não há nada com ir experimentando (não sejam apressados e não ponham em lume alto para ser mais rápido, vão esturricar as pobres batatas).
A vossa espera será recompensada pelo sabor intenso das "Mama's Visco Rosemary Potatoes".

"Tailgating" ou arte de fazer pic-nic à porta do estádio



Antes de cada jogo em casa de football, existe um actividade muito particular nos relvados da Universidade. É chamado de "tailgating" e conseguiste em trazer os carros para cima do relvado, abrir a bagageira e montar o "estaminé". A idea é fazer um picnic ao ar livre, bem regado com cerveja! Mas o conceito americano de picnic é bem diferente do nosso. Eles trazer grelhadores eléctricos gigantes, toldos gigantes com as cores da UA, televisões, etc, etc.
Cada centímetro de quadrado com relva é alugado, não há zona verde em que não haja uns banquinhos, grelhador e uma mesinha com... uma televisão! Há quem vá mais longe e traga atrelados, auto-caravanas e Ferraris! Sim é um Ferrari Testarossa na foto;) Uma área para estacionar pode custar cerca $300 por época (6 jogos em casa). E só inclui o espaço, os "comes e bebes" tens que ser tu a trazer! A maioria desta pessoas não vai ver o jogo no estádio. Vem até aqui (por vezes até de longe) só para curtir o ambiente e ter uma desculpa para comer hot-dogs e beber cervejas até fartar. Eu ainda estive para lhes dizer: "Malta, venham até ao estádio que o jogo é muito mais giro ao vivo. Não fiquem a ver da TV!". Mas depois percebi porque é que muitos não se aproximam do estádio. É que o perímetro à volta do estádio e o estádio é "alcohol free" ou seja "Lei Seca"!!!! Não admira que tantos queiram ficar à porta :)

sábado, 19 de setembro de 2009

"O Orgulho" em acção!

A banda da universidade em acção no intervalo do jogo de football. Já não bastava terem que tocar a tuba, ainda têm que saber a coreografia, que não é nada simples!!!! Mas o efeito é espectacular :)

Tempestade de Verão


Mesmo quando o jogo ia começar, com os jogadores já a postos, ouvi-se nos altifalantes do estádio: "Foi avistados relâmpagos. Por favor saia das bancadas e procure abrigo". Eu pensei, pois estão a brincar com a malta, primeiro jogo da época... Mas não, as pessoas começaram-se a levantar e então lá resolvi olhar para o ceú. De facto estava muito escuro mas não chovia... Já fora das bancadas, numa área de abrigo, comecei a ver os relâmpagos ao longe. Pareciam "flashes" nas montanhas Santa Catalina. Enquanto a tempestade não estiver a mais de 5 milhas o jogo não começa, por uma questão de segurança. Depois de 45 minutos, lá nos mandaram regressar aos lugares. Não me recordo isto nunca ter acontecido na nossa Super Liga. Será quem Portugal não há relâmpagos ou é porque "show must go on"? Consegui captar umas imagens engraçadas. Reparam na cabeça da mulher, a ter uma "ideia luminosa"! E vejam o vídeo, o clarão que parece um flash de uma máquina!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O meu 1º jogo de "football"

Pela primeira vez vi um jogo de futebol americano ao vivo! Duas palavras veêm-me a cabeça: espectáculo e dor. Espectáculo, porque de facto é uma mega-produção como tudo que se tem direito: fogo de artifício, hino cantada ao vivo, banda com 250 músicos, cheerleaders, etc, etc. Dor, porque são mais de 3 horas sentadas em bancadas duras para o "traseiro" e sem encosto para as costas. Mas resisti até ao final e pode ver os Wilcats vencerem os Chippewas de Central Michigan por 19-6. Vermelho é a cor oficial para os jogos em casa, por isso tentei ir a rigor mas não tenho muitas t-shirts vermelhas. Só encontrei esta na gaveta. Reconhecem-na?!?
Vejam o vídeo da entrada em campo da equipa de futebol da universidade. Em grande!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Eegee's

Um "eegee's" é algo que só existe em Tucson, AZ. É uma espécie de gelado/granizado disponível em vários sabores que ajuda a suportar melhor as temperaturas escaldantes da cidade. Os sabores normais são morango, limão e piña colada. Cada mês existe um sabor novo, que só se repete. Há pessoas que passam o ano inteiro à espera que chegue Fevereiro, só para provar o sabor de "Rootin' Tootin' Root Beer"!!!
Eu tive a oportunidade de provar pela primeira vez numa festa da residência. Muito refrescante! É presença obrigatória em todas as festas e pic-nics!
O nome engraçado vem dos fundadores: "E" de Edmund e "G" de Greenberg! Além de gelados, também vendem sanduíches conhecidas por "submarine sandwiches" ou "subs", porque têm um submarino!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Como uma força


Sabia que Portugal tinha um jogo importante contra a Dinamarca. Tentei seguir o jogo pela internet, mas o melhor que consegui foi seguir o relato na Antena 1. É um bocado ansiogénico... Mas melhor do que nada! Lá sofri, sofri, sofri. Mais uma defesa do guarda-redes dinamarquês.... Como estava a ver o caso mal parado e já íamos nos 75 minutos, resolvi vestir a camisola, literalmente! Passados uns minutos, o "Levezinho" resolveu! Ah, isto de nunca deixar de acreditar tem algo que se lhe diga! Coincidência ou não, acho que a equipa sentiu o meu apoio, apesar dos + de 10 000 km de distância. A minha "energia positiva" atravessou os E. U. de Oeste a Este, nadou pelo Atlântico e ainda teve energia para chegar até a Escandinávia, percorrendo o velho continente. Força Portugal!

Grill Pan: um objecto raro


A minha ida às compras foi muito proveitosa! Consegui arranjar uma secretária mesmo a medida e com desconto! Agora já não tenho desculpas para não trabalhar em casa ;) Mas a minha melhor aquisição foi um grelhador! Estão a rir?! Pois não é nada fácil encontrar um grelhador nesta terra e muito menos explicar o que é e para que serve. "É como uma frigadeira mas tens uns altos" ou "serve para grelhar carne", ninguém percebe. Para grelhar há os BBQ gigantes, para fora de casa. Dentro de casa simplesmente não se fazem grelhados... Mas ao fim de muito procurar, encontrei um exemplar no Wal-Mart!
Resolvi estreá-lo com um bifinho de frango. Por pouco não disparava o alarme para incêndio! Tive que abanar o ar à volta no detector para não disparar! Mas valeu a pena. Um bifinho grelhado é muito melhor do que frito :)

Um exemplo prático de "bear down"


Ai, que até a mim me doeu... Reparem no "bear down" do jogador do Arizona #34 Chase Budinger (de branco). Mas ganhou a falta atacante e uma expulsão. Aguenta!

domingo, 13 de setembro de 2009

"Aguenta!"



Neste momento alguns de vós podem interregar-se sobre o que quer dizer a expressão "bear down". Pois não tem nada a ver com ursos, posso-vos garantir! Estas duas palavras são o "motto" de todas as equipas do Arizona Athletics. É a palavra de ordem nos momentos mais difícil! Um amigo explicou-me o seu verdadeiro significado: "Aguenta!", "Vai até ao fundo!", "Força!", "Dá tudo o que tens!". Já viram como duas palavras podem representar tanta coisa?! É a resiliência, a capacidade de resistir, sobreviver e não desistir! Estas duas palavras tornaram-se famosas quando foram proferidas em 1926 por um jovem jogador de futebol americano da Universidade (que também era presidente da Associação de Estudantes) chamado "Button" Salmon. A caminho de um jogo contra os arqui-rivais de Arizona State University (Tempe, AZ), Salmon teve um acidente no seu automóvel e ficou estado muito grave. Sabendo que os seus colegas iam jogar em breve contra a ASU, disse ao director da equipa da altura (McKale) que queria deixar uma mensagem para o seus companheiros: "Tell them . . . tell them to bear down". Mito ou realidade, a expressão "colou". No ano seguinte foi organizado um baile para angariar fundos para construir uma estátua de Salmon. Como não angariaram muito dinheiro, optaram por comprar uns baldes de tinta branca e escrevem em letras gigantes "BEAR DOWN" no telhado do ginásio da Universidade. São letras tão grandes que até se veêm do Google Earth.: http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=pt-PT&geocode=&q=university+boulevard+1450+tucson+az&sll=32.231698,-110.956163&sspn=0.011108,0.026114&g=university+boulevard+1500+tucson+az&ie=UTF8&ll=32.231176,-110.949882&spn=0.002777,0.006528&t=h&z=18

sábado, 12 de setembro de 2009

Backpacking em ...Safeway!?!

Pois é! Tenho andado a treinar de mochila às costas!!! Ando a preparar para futuras expedições, onde vou ter que carregar com 15-20 Kg no "lombo". Mas não ando pelo meio natureza, vou tão somente...às compras! O supermercado mais próximo ("Safeway") fica a 2km (10 minutos de bicicleta), por isso quando lá vou trago mantimentos para uma semana! E o que melhor que a minha mochila de 70 litros para carregar com todas as compras?!? Para tornar o treino ainda melhor, vou de bicicleta e tenho que manter o equilíbrio com os meus recém adquiridos 15 Kg às costas! E acreditem que faz diferença! E ainda para complicar mais, um saquinho de compras de cada lado do guiador! Ah pois é, isto não é para qualquer um!!! É claro que a viagem de regresso não demora só 10 minutos, preciso de guiar com mais cuidado para não me "espalhar".
Aprendi a "valorizar" mais os produtos alimentares mais pesados (leite, sumo de laranja, fruta), porque são eles que me pesam mais nos ombros e quase que cortam a circulação. Passados alguns minutos com a mochila às costas, fico com formigueiros nos braços!
Por isso quem achava que eu não anda a treinar para a montanha, desenganem-se! Já vos levo avanço :)

Bear Down Arizona

Bear Down, Arizona/Bear Down, Red and Blue

Bear Down, Arizona/Hit'em hard, let'em know who's who

Bear Down, Arizona/Bear Down, Red and Blue

Go, go, Wildcats, go /Arizona, Bear Down

Esta é a música "oficial" da UA para os eventos desportivos.

"O Orgulho do Arizona"

A primeira semana de aulas foi cheia de actividades por os novos alunos se integrarem na vida co Universidade. Houve concertos ao vivo, DJs ao ar livre, festa com gelados à borla, parede de escalada, divulgação de grupos de interesse, etc. O "Wildcat Welcome" culminou com um desfile as figuras mais emblemáticos da UA: o mascote Wilbur, as Cheerleaders e o banda "Pride of Arizona". A banda é composta por 250 de alunos e é umas das melhores dos EUA. Treinam quase todos os dias sob a batuta de um exigente maestro. Não só tocam o seu instrumento, como também têm que aprender passos de dança e coreografias colectivos. Os ensaios são engraçados e já os vi duas ou três vezes. É difícil não ouvi-los ao longe, afinal são mais de uma centena de músicos a tocar ao vivo! Para o desfile fecharam parte de uma rua no extremo oeste do campus. Depois do desfile ao som das músicas e gritos oficiais, foram apresentadas as tradições ligadas às equipas da UA. As cheerleaders também deram o ar da sua graça e energeticamente agitaram os seus pom-pons! Este ritual (desfile mais concerto) vai repetir-se todas as 6.as feiras, sempre a equipa de futebol jogar em casa! Ou seja vai haver festa na zona dos bares e restaurantes (Main Gate Square). Estes miúdos estão na idade de se divertir!!! Mas o problema é que para eles diversão só começa (legalmente) aos 21 anos, porque tem que haver sempre etanol à mistura...









terça-feira, 8 de setembro de 2009

Zona Got Game: Football 101

Quantos jogadores conseguem contar nesta foto? Vinte, trinta, cinquenta?!?! Cliquem na foto para verem em tamanho maior. Uma equipa de futebol americana tem cerca 90-100 jogadores! Mas só jogam 11 de cada vez. Dentro da equipa há três secções: o ataque; a defesa; e equipa especial (que é quem joga nas jogadas com os pés: "punter", "kicker" e "snaper"). O ataque só ataca e a defesa só defende. Os atletas são altamente especializados nas suas funções! Há centenas de regras, mas para resumir o objectivo é levar a bola para a zona final da defesa - touchdown - o que corresponde a 6 pontos. Se a bola passar por cima da "baliza" são 3 ("field goal") ou 1 ("try") pontos consoante a situação, durante o jogo ou após um "touchdown", respectivamente. Cada equipa tem 4 tentativas para progredir 10 jardas (aprox. 10 metros) com a bola. Sempre que um jogador é placado e cai ou sai pela linha lateral com o bola controlada, esse é o novo ponto de partida para a próxima jogada. Sempre que se deixa cair a bola no chão a jogada não conta. Se a bola é interceptada pela defesa é chamada "interception" ou "fumble" (no caso do atacante ainda ter tocada na bola). São os momentos altos da defesa! Os momentos altos do ataque são os "touchdowns" ou os "field goals" a grande distância da baliza. Um touchdown pode ser marcado de duas maneiras: um jogador recebe a bola atrás da linha de ataque e progredi para a frente, contornado adversários até à "end zone" ("running back"); ou um jogador recebe a bola à frente da linha de ataque ("wide receiver") e corre até à "end zone", podendo até receber o passe já nesta zona.
Quanto não se avança 10 jardas após 3 tentativas, normalmente a equipa atacante devolve a bola com pés, com um "punt", chutando a bola o mais longe possível da sua "end-zone". Baralhados?!? Eu também!
Fui assistir ao primeiro treino público da equipa de futebol da UA. Foi interessante mas não passou de um treino, sem a emoção real de um jogo.
Como estava um dia muito quente, nas pausas os jogadores poderam sentar-se junto a umas ventoínhas que borrifam água. Que luxo!





"Lisbon" em Tucson?!?!?


No extremo oeste da UA funciona um eléctrico que liga esta zona da cidade à 4th Avenue, que é uma avenida cheia de bares, lojas de bairro com produtos de artesanato (até uma loja nepalesa!) e restaurantes. Só funciona às 6.as, sábados e domingo ou seja quando é dia de festa! Mas fiquei bastante surpreendida ao ouvir o barulho do eléctrico, que nos é tão familiar em Lisboa. Antigamente funcionava um carro puxado por mulas mas 1906 os eléctricos entraram em cena, mas só por 24 anos. Depois deixaram de funcionar, pois a cidade cresceu tanto que o eléctrico não dava resposta às necessidades da população. Em 1985, quando a Universidade comemorou o seu centenário, reabriram o percurso para fins turísticos com carruagens restauradas. Chama-se "Old Pueblo Trolley" ("Old Pueblo" é uma maneira afectuosa de denominar Tucson). As coincidências não param por aqui, até porque um dos eléctricos restaurados é igualzinho aos nossos de Lisboa e é chamado "Lisbon Portugal Tram 594"! Mas este exemplar não veio do nosso país mas sim de Aspen, Colorado. Conta a história que um homem de negócios da cidade de Aspen queria revitalizar o comércio e introduziu o eléctrico na zona comercial da "baixa". Passados uns anos, desinteressaram-se e deixaram o pobre eléctrico ao abandono, sol, chuva e neve! A malta de Tucson foi lá buscá-lo e restaurou-o em 2003.
O protótipo foi construído na Pensilvânia e é gémeo dos seus irmãos residentes em Lisboa.
No site do "Old Pueblo Trolley" (http://www.oldpueblotrolley.org/whatsnew.html) falam mesmo da história dos eléctricos de Lisboa e Porto!
Para já só tenho visto um modelo belga restaurado, ainda não vi a circular o "amarelinho" mas pode ser que ainda apanhe boleia dele!